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30-11-2020
Era uma vez a saúde Mental…
Estávamos no início de uma nova era, em 2020 o mundo ia inevitavelmente mudar, estávamos distraídos e ocupados com as nossas prazerosas rotinas e não tínhamos pedido nem preparado tantas mudanças ao mesmo tempo.
Todos os focos de atenção estavam agora direcionados para a saúde, para o medo de ficar sem ela ou de ficar sem alguém próximo, na incerteza de quanto tempo e como se ia controlar algo que se comporta de forma ainda desconhecida.
Fomos obrigados a recalcar este medo para seguir em frente, fomos adaptativos e resilientes, e cada um enfrentou o desconhecido com os recursos que tinha.
Uns de uma forma paranoica com a higiene e isolamento, outros com uma descontração desmedida, uns trabalhavam para esquecer, outros esqueciam-se do que era trabalhar pela crise económica que se adivinhava.
E neste contexto laboral, muitos foram de forma ordeira descobrir o que era o regime de teletrabalho, uma gestão complexa da vida profissional/pessoal/social, bem recebida para uns e com falta de essência para outros, mas indiscutivelmente necessária nessa altura.
Começou então a aparecer um movimento importante, pode até ter passado despercebido, mas em causa sempre esteve a saúde mental, estavam reunidas as condições para o aparecimento da desmotivação, ansiedade e falta de sentido de pertença, saindo a saúde mental prejudicada neste processo.
Esta nova era foi difícil, complexa e desgastante, mas só nestas alturas se abre espaço para ver a vida de outra perspetiva, a tecnologia revelou-se o ponto a favor e ofereceu o que de melhor tinha, sendo o veículo de comunicação entre humanos, colmatando essa necessidade tão básica do ser.
Saímos todos com uma marca desta pandemia, e como dizia Freud "As emoções não expressas nunca morrem.”, por isso tratemos de não ser de ferro.
Nota: os artigos deste blog não vinculam a opinião do .PT, mas sim do seu autor.
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